Marcelo Arcanjo de Jesus
O
homem se envaideceu e vive em busca de sucesso e reconhecimento. É com certeza
a mais estranha das espécies, pois perdeu a sensibilidade no processo
transitório entre a irracionalidade e a razão.
Faz
da vida um laboratório experimental e se esquece de que talvez não tenha outra
chance de realmente colocar em prática o que ensaiou.
Vive
desejos secretos dos mais perversos, mas os esconde sob roupas caras e algumas
doses de educação.
Guarda
dentro de si um monstro que só é contido com interesses próprios.
Quer
sempre ganhar e passa a vida a contabilizar as perdas e os ganhos.
Diferente
de outras espécies animais que copulam apenas com o fim reprodutivo e que as
fêmeas exalam um cheiro característico que atraem os machos, os seres humanos
transam por prazer e se preocupam mesmo é com o ‘cheiro’ exalado das carteiras
e contas bancárias dos que os cercam.
Querem
mesmo é usufruir o outro sem pudor ou muita preocupação com o sentimento alheio
e fazem isso com suas teses falsas de que só querem fazer o bem.
Ao
contrário das outras espécies que não poluem e não destroem o meio onde vivem,
o homem se apega tanto ao dinheiro que pouco importará a destruição causada por
ele.
Teriam
de repente um futuro melhor se acreditassem que a vida vai muito além do que
possa conter sua estrutura biológica e que se usassem todos os recursos que
dispõem com sabedoria seriam com certeza uma espécie evoluída e sábia.
Não
há dúvidas de que o amor seja a solução para libertar o homem de sua tola
ilusão.
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