quinta-feira, 4 de julho de 2013

Aos nossos jovens!


                                                                                          Marcelo Arcanjo de Jesus

Quando eu era criança as brincadeiras eram mais simples e ingênuas. As amizades sinceras e duradouras e o respeito estava presente em todos.
Professores eram autoridades máximas e as pessoas mais velhas eram tidas como mais sábias e experientes.
Não me lembro se os jovens eram tão vingativos quanto os de hoje e inclusive me recordo que quando brigávamos qualquer um dos pais ou responsáveis, que por acaso presenciavam aquilo davam broncas e conselhos e um tempo depois, lá estávamos de novo brincando como se nada tivesse acontecido.
Namoro era bem diferente do que se ver hoje. Embora tivessem os espertinhos, a grande maioria não se arriscava sequer a falar pra alguém a quem amava os seus sentimentos. Muito menos insinuar algo mais avançado.
Brincadeiras eram mesmo simples, como gude, pipa, bola, carrinho de material reciclado, boneca de pano, enfim bem distante dessa modernidade tecnológica que hoje nos cerca.
Hoje percebo que tive uma infância sem nenhuma tecnologia, porém maravilhosa.
Morava em uma cidade muito pequena e tinha uma vida simples e ingênua.
Cometia travessuras das mais inusitadas, mas no fim tudo ficava bem!
Agora, me pergunto se a modernidade que hoje nos envolve é realmente necessária ou benéfica!
Vejo que as nossas crianças já não são tão ingênuas. Que os nossos idosos não são tão respeitados, ou mesmo que muitos deles passaram a cometer crimes ou até incentivar a outros que os façam. Que as pessoas que deveriam nos proteger se tornaram corruptas e violentas e que as escolas são na verdade pontos de vendas de drogas, salas de prostituição e criadoras e mantenedoras de facções e quadrilhas.
O que há conosco que permitimos colocar em mãos desonestas o mundo em que vivemos?
Por que ainda achamos que o dinheiro é mais importante que o caráter e o amor?
Alguém aí, por favor, me diga que eu estou apenas tendo um pesadelo e que acordarei pra uma realidade diferente!
Até quando iremos ficar sentados em frente à televisão e chocados visualizarmos o horror que está à nossa volta?
Entendo que o avanço e modernidade são importantes, mas isso não significa que precisamos destruir tudo e todos.
Onde ficaram as bolinhas de gudes; a bola; a pipa; a criança dentro do homem?
Onde está o homem?


Um comentário:

Anônimo disse...

Boa pequenino, um dia acharemos a resposta.